Poemas : 

Lento apagamento

 
Sorriem fugazes os vultos dos lugares escuros
São e não são

Como se o seu objetivo fosse ludibriar o homem confuso que procura manter o relógio certo
Mil e um cuidados
Uma centena de vultos
pelo menos
agem indemnes pela casa
Quem lhes faz frente
Quem os vê além do dono da casa
Quem acredita nele

Quem se arrisca a entrar nesse poço escuro de incertos lugares, encontros errados, memórias que não nos pertencem, dores que não são as nossas, histórias que não se sobrepõem como devem
como se enfiasse a gaveta no encaixe errado.
Quem arrisca uma voltinha no comboio fantasma.
Vá lá, uns minutos de conforto para alguém que se vai perdendo

 
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gillesdeferre
 
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Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 12/11/2024 21:20  Atualizado: 12/11/2024 21:20
Usuário desde: 12/12/2011
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Mensagens: 1471
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 Re: Lento apagamento
Olá Gilles.

Bom texto sobre a degenerescência, no comboio fantasma há lugar para todos.

Abraço

Paulo