Poemas : 

Amanhã

 


a espessa rotina
é a lenta resina
a lhe escorre nos braços
esboçando acenos grotescos
ao raiar dos dias,
e às asas que se esfumam
e se fundem longe frias
na primeira neblina,
pontuando de arabescos
que entrecruzam o ontem
à noite e o hoje também

sempre o mesmo continuar
almejando o fim
sempre os braços assim
sonhando por aquele vôo.

exausto despiu a farda e o fardo caiu também. por fim … anuiu, o sonho que sonhara gesto de vento revigorante, no mesmo ato decaiu.
pelas rasgadas e cansadas janelas, inquietas de frio, com trespassante assombro estúpido perscrutou o silêncio deslizante no horizonte intacto, pleno de um devir que nunca existiu.

 
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Paulo-Galvão
 
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Enviado por Tópico
MariaMorena
Publicado: 11/11/2024 18:59  Atualizado: 11/11/2024 18:59
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Localidade: Argumentar sem agredir é ser grande.
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 Re: Amanhã p/ Paulo-Galvão
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O poema é como duas partes e a parte que nos parece cúmplices é que desejo sempre começar e o fim, sempre com recomeços