Pai, quem és, tão doente
Vives a estragar a família que quer paz
O passado não deixas para trás
E a tua mulher pões quase inconsciente
Bates-lhe,
estragas-lhe a dignidade com as palavras
Que por serem do calão macabras
Já todos te tem desafeição
És pior que aqueles que te antecedem
Por não esqueceres o que passaste
A tua vida amaldiçoaste
Por transportar o mal que em ti usaram
Veio a net, criticaste os teus próximos.
Agora até no trabalho te veem como mendigo
Sempre á tecnologia agarrado
Sempre com vocabulário indevido
Falas com desconhecidos com rancor familiar
Falas com a família com intenção de magoar
Não mudaste pai, todos te conhecem a pinta
Vives com a tua bênção de vida propositadamente extinta
Antes usavas deus para salvar os outros
Sempre foste quem precisava de ser salvo
Agora com a tecnologia adicionada ao caldo
Deus usa-te para viveres o teu pecado
Pára pai, doí-te mais a ti
Procura ajuda já que não ajudas ninguém
Faz a ti o único e maior bem
De perdoar os teus antepassados
Só assim esquecerás quem és
Porque os outros o eram
Serás o que quiseres
Independentemente do que te fizeram.
Flávio Miguel Pereira, poeta