Carrego na memória
Um pedaço de história
Que só a mim soube contar
Um extrato sem glória
Que reduzi a escória
Para não me magoar
Mas quando a solidão aperta
Ela destapa-me a coberta
E vem-me visitar
Sussurra-me bem baixinho
Eu sou como o vinho
E venho-te beijar
Transporto esta escória
Comigo na memória
Mas não a quero soltar
Faz parte da minha história
Onde não fui portador de glória
Mas moldou-me o pensar
Perdi os olhos de menino
Temi ser dono do destino
Que tenho de abraçar
É que a vida é como um hino
Que deve ser tocado com tino
Afim de ter paladar!!!
Não sou nada
Nem ninguém
Mas tento ser
Humildemente eu!!!