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Poesia Política (39ª Poesia de um Canalha)

 
Sou um fascista ordinário que nasceu demente
Alimentado pelo sangue que escorre na calçada
Feito negro nas pedras que piso com desdenho
Das mãos e face enrugada da tristeza evidente
Dos sonhos degolados d'uma criança enterrada
Vil tempestade a morrer nesta fome que tenho

Sou aquele que sorri disfarçado de democracia
Que deu toda a nudez por não teres mais nada
E o pardo céu que esconde um sol nascido meu
De fato chique cosido por esse suor do dia a dia
Pão gourmet na mesa qu'esta malta ainda paga
Caixão pobre desta nação que por mim morreu

Sou nada que valha a pena no infeliz caminho
Dogma, lei, regra, arma, bala perdida no peito
Esquecimento de ser e morte sem outra sorte
Poema proibido, verso sem cor e sem carinho
Muro alto inconcebível feito de medo e defeito
Nada que valha a pena, nada que me importe


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
AlexandreCosta
Publicado: 04/11/2024 15:47  Atualizado: 04/11/2024 15:47
Da casa!
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 Re: Poesia Política (39ª Poesia de um Canalha)
Será tanta assim a resignação...?
Talvez o simples facto de macular o papel, em branco, dite o oposto!

abraço