Poemas : 

Simplesmente Canalha (38ª Poesia de um Canalha)

 
Se não for pela cor negra dos olhos meus
E deste manto que me veste de corpo nu
E de tal sorriso atrevido ou envergonhado
Que seja por duas lágrimas de olhos teus
Jogadas ao mar que teu vento navega cru
Num abraço que o tempo te deu apertado

Não é ainda pelas nuvens negras nos céus
Que nesses teus brilhantes loucas choram
E que nas mãos abertas despidas de tudo
Ali se iam simplesmente canalhas os réus
A mirar os ponteiros mortos qu'ali moram
E cegam o pedaço de mundo surdo-mudo

É apenas e tão só por esse resto de mim
Escrito nos alvos muros do velho casario
Em pedras caídas deste castelo de cartas
Que se esquece entre as ondas sem fim
Que vão, que voltam, e este olhar vazio
A pedir que só nunca mais de lá partas


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 03/11/2024 08:42  Atualizado: 03/11/2024 08:42
Usuário desde: 12/12/2011
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 Re: Simplesmente Canalha (38ª Poesia de um Canalha)
Olá Alemtagus,

Li com muito gosto a 38ª, parabéns pela escrita, talvez mais clara.
espantou-me saber que o canalha está de certa forma condoído!


Abraço

Paulo


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 05/11/2024 00:15  Atualizado: 05/11/2024 00:15
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 Re: Simplesmente Canalha (38ª Poesia de um Canalha)
Você provoca um zigue zague de sensações. Que ao sair fico sem saber, se essa pontada macia de dor é tua ou minha. Boa noite