Alegoria de retorno
a um passado que não existiu
buscando um pouco de conforto,
onde a letargia não eclodiu.
Ingênua recordação da candura,
expia-se na realidade,
convicta da impunidade
de toda inverdade impura.
Disforia em onírico versar,
sobre falácias de tempos iluminados,
na crença em relatos infundados
dissimulados em antigo tergiversar.
Pungente memória imatura,
resgatada impune, não purga,
nem com doses de Angostura,
momentos vividos na impostura.
Lembranças sinceras importam,
pois, guardam memórias afetuosas
de vivências a acalentar,
que a nostalgia não pode maquinar.
"Viver é confrontar o caos no cotidiano,
evitando cair nas armadilhas da depressão."