Poemas : 

Poema Mínimo (37ª Poesia de um Canalha)

 
A zinga da zabra
Qu'ondas levava
D'olhos marujos
Puis flores cabra
Vento que a lava
Dois olhos sujos

Os dedos da mão
Laçados a outros
Sem nós ou voz
Beijo sim ou não
Gritam os astros
Uns a uns ali sós

Págin'alva escrita
De versos poema
Por ti assim e eu
Qu'a lua permita
Ter mote e lema
Vida que morreu


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
MariaMorena
Publicado: 26/10/2024 21:24  Atualizado: 26/10/2024 21:24
Colaborador
Usuário desde: 07/06/2024
Localidade: Argumentar sem agredir é ser grande.
Mensagens: 624
 Re: Poema Mínimo (37ª Poesia de um Canalha) p/ Alemtagus
.

Escrever desse jeito é para poucos, tem conteúdo, o mesmo tamanho dos versos, com rimas que tem sonoridade e podem ser cantadas.
Muito bom de ler.
Abraços


Enviado por Tópico
ZeSilveiraDoBrasil
Publicado: 27/10/2024 20:16  Atualizado: 27/10/2024 20:18
Administrador
Usuário desde: 22/11/2018
Localidade: RIO - Brasil
Mensagens: 2215
 Re: Poema Mínimo (37ª Poesia de um Canalha)
.
.
.
Ao meu primeiro olhar, salvo engano, há um quê de movimentos medievais, traços inequívocos de trovadorismo muito bem conseguidos. ...senti o erudito/barroco desenvolvendo-se entre os versos como se com um fundo de quarteto de cordas, oboés, flautins, como nas antigas cantigas satiricas...
(viajei na plateia amiguirmão!)

Aquele abraço caRIOca!


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 29/10/2024 02:26  Atualizado: 29/10/2024 02:26
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: Poema Mínimo (37ª Poesia de um Canalha)
Me sinto estar em um sarau e seu poema distinto, sendo tocado pelos olhos atentos à beleza. Deveria ser um quadro. Boa noite


Enviado por Tópico
Aline Lima
Publicado: 30/10/2024 01:03  Atualizado: 30/10/2024 01:13
Usuário desde: 02/04/2012
Localidade: Brasília- Brasil
Mensagens: 734
 Re: Poema Mínimo (37ª Poesia de um Canalha) p/Alemtagus
Olá, Alemtagus.
Tive a sensação nítida de estar no vasto mar; os versos curtos e o ritmo leve parecem flutuar à deriva, levados pelas ondas e pelo vento. A “vida que morreu” soa como um último suspiro, um fim suave e quase resignado sobre os encontros que não se fixam e a transitoriedade de tudo. Um poema mínimo em palavras, mas tão rico em significados.