Eis que venho
Despido e desavergonhado estou intrinsecamente nas ações,
Aquela fala que ecoa em meio a tantas outras.
Sou a lembrança que vos atravessa enquanto olhas a vida;
Converto-me a sutileza e reforço meu existir pelos olhares,
Cresço e expando enquanto sonham, acordados ou não;
Posso ser como cordel ou papiro, converto as notas do coração em anotações, que às vezes saltam no vazio do papel, ou através olhos, estou sempre transbordando;
Às vezes sou confundido, dissuadido e desastrosamente estipulado, como se houvesse forma de me constatar.
Enganosa essa urgência em me rotular e definir, esquecem que germino em silêncio e jorro quando me apetece, sou tenaz e curvado a certa insubordinação;
Quando me invocam sem existência, pode ser derradeiro o desmoronar, mas acontece. Não fico onde não pertenço, vejo ruir as expectativas proclamadas em meu nome;
Legítimo e versátil, não me movo pela boca, mas pelo coração, meu nome é amor.