Poemas : 

A beleza que destrói

 
Tags:  desvariosdamente  
 
Outrora percorri todos os caminhos
Só para te beijar e ver
Hoje corro todos os bares mesquinhos
Só para te poder esquecer

Mesmo eu dizendo não
Mesmo depois de me tratares mal
Continuas a querer reatar a relação
A que beneficie o teu ser central

A tua carícia foi desde mãe
À de uma completa desconhecida
Deixaste-me na escuridão do além
Quando a mim já te tinhas prometida

E corrói-me dizer não aos teus lábios
Face esculpida pelos artesãos do Olimpo
Mas meus viveres o suficiente sábios
Negam esta impulsão em corte limpo

Hoje corrói-me sequer pensar
Que talvez nunca te volte a ver
Claramente não se pode salvar
Quem vive no passado e deitou tudo a perder

Dornelas, Mini-mesa
António Botelho


A arte é um mundo à parte

 
Autor
antóniobotelho
 
Texto
Data
Leituras
73
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
8 pontos
6
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 21/10/2024 16:41  Atualizado: 21/10/2024 16:41
Usuário desde: 12/12/2011
Localidade: Lagos
Mensagens: 1440
 Re: A beleza que destrói
Olá António,

As quadras são punitivas de uma figura maternal que distancia ainda faz presente. Duras e cáusticas de um ressentimento que não se apaga.
Abraço
Paulo


Enviado por Tópico
MariaMorena
Publicado: 21/10/2024 17:55  Atualizado: 21/10/2024 17:55
Colaborador
Usuário desde: 07/06/2024
Localidade: Argumentar sem agredir é ser grande.
Mensagens: 625
 Re: A beleza que destrói p/ antóniobotelho
.

Os poemas desta data estão meios ressentidos, a sabedoria que não machuca tem toda a minha cumplicidade, e os frutos que não têm é uma boa razão para largar o passado.


Enviado por Tópico
AlexandreCosta
Publicado: 22/10/2024 15:52  Atualizado: 22/10/2024 15:52
Da casa!
Usuário desde: 06/05/2024
Localidade: Braga
Mensagens: 368
 Re: A beleza que destrói
por vezes, nada melhor que a simplicidade para expressar o que nos vai na alma... há coisas que dispensam as entrelinhas!
abraço