Poemas : 

mãos sem nada

 
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hoje não me lembro onde deixei as mãos
queria tanto baloiçar nelas os sonhos
escrever sentimentos ao rubro
lapidar emoções
acreditar que o sol, ainda é sol
que no meu peito ainda há fogueira
soltar gritos, como ave nocturna
disfarçar as rugas desta casa velha

- a minha cabeça é um baú de memórias
que as minhas mãos vão bordando no silêncio
frio da insónia
mas hoje minhas mãos não têm poesia
refugiaram-se nesse silêncio
a noite morreu, e eu não as reconheço

talvez queiram que enlouqueça em paz
com saudade a viver dentro de mim
e a boca cheia de palavras saudosas
porém inaudíveis...

que se vá a noite, que as sombras
se vão e, a cada palpitação
floresça de novo, poesia

mãos sem nada...impossível a esperança!


natalia nuno


Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Johann Wolfgang Von Goethe



 
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rosafogo
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Enviado por Tópico
antóniobotelho
Publicado: 16/10/2024 08:00  Atualizado: 16/10/2024 08:00
Da casa!
Usuário desde: 13/04/2010
Localidade: Viseu
Mensagens: 372
 Re: mãos sem nada
Cara rosafogo,

Não têm essas mãos poesia e aqui lapidaram tais palavras, imagine se tivessem!

Gostei bastante, parabéns.
Continuação de boas escritas.

Cumprimentos,

António Botelho