Não poderia explicar a prazer conflitante
O bar meia garrafa o olhar firme protegido
Pela meia luz e toda aquela dor sufocante
O dedo desliza na borda resgata um gemido
De um jeito incoerente acredita que a solução
Ou até mesmo a cura virá após a próxima dose
E ela se perde antes de ocupar o vazio nas mãos
Um sorriso malicioso precede a doçura da narcose
Do piano lhe vem um resquício chamado lucidez
Suficiente o bastante para lembrar daqueles dias
Vívidos quando as noites terminavam em nudez
Quando o Blues e o Bourbon não eram uma antologia
...das minhas mais diferentes e refinadas solidões...
Deus abençoe o Blues
Carlos Correa