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Carecente

 
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Se eu peço ao verso para ter piedade
que não seja hostil a uma trova dócil
dizes que sou tão rude e um tanto vil
querendo um rimar com sensualidade

De onde vem tão pouca serenidade
se pouco o poetizar aparenta gentil
mais atento e amável, terno e sutil
sem aquele tom com voracidade?

Meu suspirar dolente e tolo chora
nos versos que vem e vão e, assim,
embalados em tristura, vêm afora

Parece então que tudo é apenas dor
pondo o versar triste diante de mim
carecente de apego, emoção e amor!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15/10/2024, 14’16” – cerrado goiano


Poesia é quando escrevemos o monólgo de nossa alma, que se torna um diálogo com o leitor.

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado
 
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LucianoSpagnol
 
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Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 15/10/2024 19:53  Atualizado: 15/10/2024 20:01
Usuário desde: 12/12/2011
Localidade: Lagos
Mensagens: 1440
 Re: Carecente
Olá Luciano,

Por isso é Fernando Pessoa diz que: “o poeta um é fingidor, fingindo que sente a própria dor”
Gostei

Abraço

Paulo


Enviado por Tópico
antóniobotelho
Publicado: 16/10/2024 08:24  Atualizado: 16/10/2024 08:24
Da casa!
Usuário desde: 13/04/2010
Localidade: Viseu
Mensagens: 432
 Re: Carecente
Caro Luciano Spagnol,

Gostei. Continuação de boas escritas.

Cumprimentos,

António Botelho