A liberdade, na sua essência, é como um farol aceso por entre as tempestades da vida. Ela ilumina os caminhos, mesmo quando o horizonte parece desaparecer na escuridão.
Não é uma liberdade que exige pressa, mas uma liberdade que se mantém firme, constante, como uma luz que nunca se apaga.
Ela não grita, não impõe, mas sutilmente redireciona, ajusta o curso de quem está à deriva.
Por entre as tempestades, quando tudo parece incerto, a liberdade brilha mais forte. Ela é uma lembrança silenciosa de que há sempre um caminho a seguir, mesmo quando as ondas são altas e o vento sopra contra.
A liberdade não está no fim da jornada, não há ato de confiar que resista, enquanto o farol estiver aceso, haverá sempre direção.
E assim, nas nossas vidas, essa liberdade que brilha como um farol guia-nos para além das escolhas imediatas, para além dos erros e das quedas.
Ela chama-nos a olhar para dentro, para o facho de luz que brilha no nosso próprio ser, indicando que, por mais perdidos estejamos, por mais distantes que parecem os nossos sonhos, sempre há um caminho de volta.
A liberdade, nesse sentido, não é uma fuga, mas um redescobrimento, é o reencontro com aquilo que somos, com aquilo que desejamos ser.
Ela desafia-nos a abandonar os medos que nos aprisionam e a caminhar em direção ao desconhecido, sabendo que o farol da nossa alma continuará a brilhar.
Esse brilho, embora discreto, dá-nos força para seguir, mesmo quando a paisagem ao redor está envolta em sombras.
Cada decisão, cada desvio no caminho, não é um fim, mas apenas uma curva.
A liberdade permite-nos redirecionar, ajustar o leme, encontrar novos destinos. Ela dá-nos a coragem de errar e, ainda assim, continuar.
Como o farol que não julga as tempestades, mas simplesmente ilumina, a liberdade oferece-nos o espaço para tentarmos, para mudarmos, para seguirmos m frente.
No silêncio da noite, quando todos os caminhos se dissipam, é a luz desse farol que nos conforta.
Ele promete-nos que as águas serão acalmadas de imediato, e lembra-nos que há sempre uma saída, haverá sempre um caminho.
A liberdade é, em última instância, essa presença luminosa que nunca nos abandona, que nos mantém em movimento, mesmo quando a direção parece incerta.
E assim, a vida prossegue. Somos navegantes, às vezes perdidos, às vezes com uma rota clara, sempre guiados pela liberdade que brilha à distância, como uma promessa de que, por mais longe que estejamos, estamos sempre próximos de nós mesmos.
Alice Vaz de Barros
Alice Vaz De Barros