Tributo a Camões (Volume 2, Estrofe 36)

Sobre as cousas futuras do Oriente

Homenagear Camões exige, entre tantas coisas, sabedoria e arte. A primeira vai-se adquirindo no intuito de estar à altura de tal homenagem, através de leituras e análises sem que, por manifesta incapacidade, me consiga versar na vastidão de temas que me obrigo a abordar (mitologia lusitana, mitologia grega, história, poesia, escritores, monumentos, descobrimentos...) para que possa ser o mais correcto possível. A segunda provém do barro que nos deixou Luiz Vaz em "Os Lusíadas".

Esta minha obra não se esgota na questão das sextilhas, que são propositadas e acompanham o projecto, dito titânico (concordo, mas não impossível), de uma ponta a outra, vai muito além disso. As 1102 estrofes da obra-prima camoniana são aqui transformadas, diria até abusadas, ao retirar 8 versos de cada uma (8816 no total) e transformá-los em acrósticos, uma a uma, que contam a Camões a História que ele conhece e nos conta e a História que ele não conhece e lhe conto.

Não são versos alexandrinos. Nem por desejo que o sejam, nem pela estrutura que apresentam ao longo da obra, se o fossem ainda não teria concluído um décimo do primeiro volume.

O verso em epígrafe, se colocado na vertical dá a base ao acróstico e o facto de este terminar em quintilha é apenas uma curiosidade, poderia ser apenas um verso, uma quadra ou mesmo outra sextilha.

Agradeço a leitura e o comentário