Eu lembro das palavras doces
Elas brotavam de minha boca
Fluidas delicadas como se ali fosse
Uma fonte límpida hoje tão fosca
Ainda as guardo dentro da inspiração
E de vez em quando elas escapolem
Seguem por outra via buscam redenção
E extravasam em versos jamais dormem
Não lembro quando deixei de ser romântico
Talvez tenha sido uma falsa lembrança talvez
Mas aí vejo as marcas letras de um velho cântico
Amordaçado pela cautela posso ter sido uma vez
E teus olhos surgem à minha frente incendiando
Os versos trazendo nas palavras meus anseios
Desejos ardentes que seguem sem qualquer comando
Livres românticos como os pássaros na poesia de seus gorjeios
Deus abençoe os que guardam o romantismo
Carlos Correa