Poemas : 

PÉROLA NEGRA

 
Tags:  morte  
 


és a noite aos ombros
enquanto voz d'escombros
disparo de raios sem sol
violetas sem ultras
no céu mais súbito escuro

és duma tinta sem luz
coberta de sombras-capuz
só brilho de crude
a obsidiana miragem
a rasgar-me os olhos

e ao meu peito encolhido
descido
já denso, de si
da nota mais dura
regurgito a pérola negra

aqui me tens
esférico compacto
para caber num buraco
aqui me tens
oh morte colorida


06-10-2024


 
Autor
AlexandreCosta
 
Texto
Data
Leituras
154
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
5 pontos
1
2
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
ZeSilveiraDoBrasil
Publicado: 07/10/2024 02:26  Atualizado: 07/10/2024 02:26
Administrador
Usuário desde: 22/11/2018
Localidade: RIO - Brasil
Mensagens: 2220
 Re: PÉROLA NEGRA
.
.
.
"és duma tinta sem luz
coberta de sombras-capuz
só brilho de crude
a obsidiana miragem
a rasgar-me os olhos"


.realidade em versos saída do âmago que o poema sustenta seja para vida ou morte. Não trás no bojo aspectos sombrios tampouco um arraial festivo, porém, palavras necessárias a existência e entendimento do porque (sobre)viver.

Meu abraço caRIOca!