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Corais da Amazônia

 
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Corais da Amazônia
 

A giz nos ensina o mestre
limpando a atmosfera
do carbono sem ônus,
sem esperar ser o dono,
ao revés da exploração
que projeta um bônus
por não entender que o ouro
é o inflar dos pulmões
dos seres que caminham
nessa vasta imensidão,
é o movimento das brânquias
dos seres que habitam
tão nobre paredão,
um equilíbrio ameaçado
pelo gás e petróleo,
essa energia que move
o egoísmo, a ganância
e a ingratidão

Em águas adversas, inóspitas,
turvas e barrentas,
um feixe de luz a sustenta
e se revela tão ela, tão bela
a metrópole subaquática
com fantástica e improvável,
mas comprovada biodiversidade,
são tantas vidas inusitadas
num mix doce que salga
e abriga sem briga
rodolitos tão botos,
esponjas amarelas
e vermelhas tão Sol
num misto de cores
na Amazônia azul,
esse corredor submerso
que conecta o Caribe
ao Atlântico Sul

honey.int.sp


 
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Issor_honey
 
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Enviado por Tópico
Benjamin Pó
Publicado: 09/10/2024 18:50  Atualizado: 09/10/2024 18:51
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Usuário desde: 02/10/2021
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Mensagens: 588
 Re: Corais da Amazônia p/ Issor_honey
.
O início do poema tem uma ambiguidade que torna a leitura estimulante:

A giz nos ensina o mestre
limpando a atmosfera
do carbono sem ônus,
sem esperar ser o dono,
ao revés da exploração
que projeta um bônus
por não entender que o ouro
é o inflar dos pulmões
dos seres que caminham
nessa vasta imensidão...


A partir dos versos seguintes, o texto torna-se mais prosaico, embora não seja de desprezar o papel que a poesia pode ter como alerta para problemas sociais e ecológicos.