Poemas : 

Levemente (33ª Poesia de um Canalha)

 
Se um dia quiseres passar ali pelos meus olhos
Ler cada um deles como se lesses um bom livro
Sonhar como se ainda fosses aquela tal criança
Vai, encosta-te a um canto de letras aos molhos
Folheia-me da vida as páginas de que me livro
Daquelas que não te cruzaram com a esperança

Se espreitares pela sombra da tua janela aberta
Entre as ramas das árvores que sós te abraçam
Vires a minha alegria perdida assim porque sim
E chorares a última lágrima que o sorriso liberta
Não te esqueças destes que um dia te sonharam
E que este amanhã nunca mais terá a cor do fim


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
Autor
Alemtagus
Autor
 
Texto
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193
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3
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Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
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3
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Enviado por Tópico
umadesconhecida
Publicado: 02/10/2024 17:23  Atualizado: 02/10/2024 17:23
Participativo
Usuário desde: 20/09/2024
Localidade:
Mensagens: 44
 Re: Levemente (33ª Poesia de um Canalha)
Tão lindo que a leitura foi me tirando o fôlego.

Favorito.

Qualquer comentário da minha parte não descreveria a sensação obtida ao ler.

Obrigada pela postagem.

Fique bem.


Enviado por Tópico
agniceu
Publicado: 03/10/2024 03:27  Atualizado: 03/10/2024 03:27
Colaborador
Usuário desde: 08/07/2010
Localidade:
Mensagens: 665
 Re: Levemente (33ª Poesia de um Canalha) P/ o Alemtagus
Sem palavras!

Um poema que nos cala pela amplitude da beleza, da emoção e da mestria!

Obrigado, Fernando, por tudo que nos tem dado, a nós, leitores, e ao próprio Luso.


Enviado por Tópico
Aline Lima
Publicado: 05/10/2024 00:02  Atualizado: 05/10/2024 00:02
Usuário desde: 02/04/2012
Localidade: Brasília- Brasil
Mensagens: 735
 Re: Levemente (33ª Poesia de um Canalha) p/ Alemtagus
Olá, Alemtagus.
Em um mundo onde as pessoas mal conseguem parar para notar a cor dos olhos dos outros, seu poema nos convida a refletir sobre as histórias que carregamos em nosso olhar. A ideia de que nossos olhos podem ser lidos como um livro é encantadora. O trecho sobre chorar a "última lágrima que o sorriso liberta" me fez refletir em como a tristeza e a felicidade podem coexistir, e de como é importante reconhecer e abraçar todas as emoções que nos moldam.
O verso final é belíssimo, repleto da cor da renovação, seja ela qual for.
Meus aplausos !


Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 05/10/2024 11:22  Atualizado: 05/10/2024 11:22
Usuário desde: 12/12/2011
Localidade: Lagos
Mensagens: 1444
 Re: Levemente (33ª Poesia de um Canalha)
Este belo poema com uma escorreita que nos embala, fala-nos da solidão do homem e de cada um deles mas também da energia que pode gerar alegria e que não precisa de ser necessariamente exterior. a nossa e solidão levamo-la a toda a parte mas a alegria também.

Não percebo a razão do título.

Paulo