a espera envelheceu demais,
ganhou rugas na estrada,
na casa,
na alma.
deixou para trás
os sonhos fechados
as oportunidades trancadas.
meu DEUS,
não haverá grito que vença a dor.
meu DEUS,
leva-me o silêncio dos teus dons
e mostra-me o céu roto.
não quero chorar só
no meio dos teus olhos.
não sei de quem é a culpa.
juro
que não dei por ela entrar.
quem a viu
diz que trazia um vestido
de ouro escuro
e uns sapatos molhados
de mar.
nunca pensei que o seu nome
se escrevesse com oito letras
trespassadas no olhar.
“Acredito que o céu pode ser realidade, mas levarei flores para o pai - Erotides ”