_______________era uma conversa informal.
sentou-se
escondeu-se por entre o vício e o gesto da timidez
e
disse:
imaginar-te não é apenas imaginar-te,
mas querer-te de posse como eu quero e tu nem imaginas
porque te possuo sempre que desfilo o olhar e a alma nas linhas que escreves
tombando nos entre espaços sem vírgulas
com que me provocas
não sabes
mas
neste momento
o meu joelho toca o teu e desenha ritmos no ar
o meu fumo beija-te o rosto
trazendo-me o teu gosto aos sentidos
[no meu silêncio: não sabes
mas eu sei
e é sabendo
que te construo em palavras sobre linhas
em cada noite em que te pertenço
e tu não chegas a saber]