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Reconhecimento e Gratidão ao Hospital S. João de Deus em Montemor

 
Há espaços Geográficos que vibram como ninhos de águias, fontes de amor, pontos energéticos de Luz, âncoras de vida interior.
É assim o Hospital de S. João de Deus em Montemor.
O espaço, as gentes, os olhares, as vozes, o imenso coração com que se sente pulsar as paredes daquele edificio. Tudo ali é terno e profundo, tudo ali é vida, a ântecamara do Céu. Lugar onde a Voz de Deus soa e ressoa e o seu eco nos envolve o corpo e a Alma. Afinal há Céu na terra! Posso dizê-lo, posso afirma-lo. Porque vi, porque senti. Foi neste lugar onde a caridade e a fé, a esperança e a virtude habitam e convivem diáriamente e seguem de mãos dadas que a minha queridissima Avó Clarisse viveu e terminou o seu ultimo mês de vida neste mundo. A Paz e a tranquilidade com que partiu é espelho do lugar onde fez o seu término sobre a terra. Muito me doeu a distância entre nós neste final de vida mas sabia que era melhor assim - por ela. Enfermeira Rita obrigado pela generosidade, enfermeira Filipa obrigado pela resiliência, enfermeira Xana obrigado pelo imenso coração, as demais enfermeiras que acompanharam a avó, incluindo na hora da morte, muito obrigado. Obrigado pelo vosso altruismo. Seguranças, auxiliares, utentes, assistentes sociais, direcção administrativa, muito obrigado. Obrigado Dra. Isabel Lucas e a toda a equipa dos Cuidados Paliativas. Ainda tenho na minha cabeça o som da sua voz, de noite, a dizer-me ao telefone que a avó partiu. Voz doce, trémula, compassada, cautelosa. Viva eu mil anos não se apagará da minha memória. Obrigado Dra. Isabel por ter levado a avó pela mão no seu último mês de vida até Nossa Senhora para que Nossa Senhora a pudesse levar a Deus. Padre Alvaro obrigado pela orientação Espiritual. Deus falou-me sempre por si. Acho que nunca na minha vida senti tanto reconhecimento e gratidão por um lugar, por tanta gente. A Avó levou a todos no coração. Partiu a 17 de Setembro, a dez minutos do dia 18, para partir no dia em que completava 63 anos de casamento com o avô Louro. Tinha que ser. Seguiram-se dias dificeis, a saudade é a presença da ausência e diz o Reverendo Cónego Madureira que a Saudade é o amor que fica. E é real. Temos que aprender a gerir o amor que fica em nós depois da partida daqueles com que estabelecemos relações de amor. É dificil. A morte é a outra face da vida para quem parte mas também tem que ser para quem fica. Obrigado avó por tudo, por tanto. Ao Hospital S. João de Deus em Montemor e a todos que o habitam o meu reconhecimento e gratidão.

Ricardo Maria Louro
Um neto sensibilizado


Ricardo Maria Louro

 
Autor
Ricky
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