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Olhar Cego nº 26

 
[Este texto não pertence à Administração. Trata-se de uma colaboração de um Luso-Poeta, que participou de forma anónima no jogo "Olhar Cego". No final, revelaremos a sua identidade. Convidamos os utilizadores a pontuar e a comentar o texto à vontade, como fazem com qualquer outro.]

Lavandaria

que queres de mim, lavagante?
não dou esmola a ninguém
nem amor por ser distante

sou ruim de ter ao lado
não te consuma o peito cortante
o bicho que rói o meu amado

não te estreite o ser infante
o meu som berrante e alado
furtava tua bondade num instante

e com corante t(f)ingi o meu amor
de amarelo. para não se notar a cor

 
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Luso-Poemas
 
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Enviado por Tópico
Alemtagus
Publicado: 26/09/2024 16:39  Atualizado: 26/09/2024 16:39
Membro de honra
Usuário desde: 24/12/2006
Localidade: Montemor-o-Novo
Mensagens: 3281
 Re: Olhar Cego nº 26
Um poema gourmet!

Bastavam os três tercetos e ficava um bom poema... o corante está a mais, faz lembrar Napoleão, que usava sempre camisa vermelha nas batalhas, assim, se fosse ferido, os soldados não notavam o sangue e não desanimavam.

Enviado por Tópico
MariaMorena
Publicado: 26/09/2024 18:30  Atualizado: 26/09/2024 18:30
Da casa!
Usuário desde: 07/06/2024
Localidade:
Mensagens: 291
 Re: Olhar Cego nº 26
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…Lavandaria…( apesar da palavra ser correta é estranha aos meus ouvidos)

…lavagante…( confesso que pensei em não comentar esse poema, o meu coração escolheu a cor fervura, mas talvez seja um desprezo a um crustáceo e o por que, ainda acho que ele deveria ter um nome)

…o bicho que rói o meu amado…( esse ser machuca o seu amado)

…não te estreite o ser infante…( esse é um bom)

…para não se notar a cor…( talvez não queira que alguém perceba)


Ao escrever esse comentário parecia que eu estava incentivando qualquer coisa errada. Se um poema também é para incomodar você conseguiu com louvor )