Enviado por | Tópico |
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Alemtagus | Publicado: 25/09/2024 17:47 Atualizado: 25/09/2024 17:47 |
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Re: Olhar Cego nº 23
Raios, alguém que tire as grilhetas à moça pequena (um corpúsculo)... Se a maré sobe!
Ora vamos lá (gramaticalmente): O horizonte fecha-se à minha frente, mas eu continuo a rompe-lo, a perfura-lo, (...) A forma correta é “rompê-lo”. Quando usamos o pronome oblíquo átono “o” após um verbo no infinitivo, é necessário usar o acento agudo para manter a tonicidade da vogal “e”. (https://www.conjugacao.com.br/verbo-romper/) A forma correta é “perfurá-lo”. Quando o verbo está no infinitivo impessoal (terminado em -ar, -er, -ir), o pronome oblíquo átono (como “o”) deve ser ligado ao verbo com um hífen. (https://www.conjugacao.com.br/verbo-perfurar/) O texto... O primeiro parágrafo remete a leitura para actos impossíveis, felizmente que os há, caso contrário ninguém tentava ir mais além. Atingir o horizonte, por exemplo, e penetrá-lo é, de todo,... impossível! Parece-me que é uma forma de dizer que se quer ir mais longe, uma boa metáfora. Parágrafo dois (permitam-me o gracejo) a sacudidela faz lembrar qualquer coisa que não a boa da pantera... e depois usar os versos para tapar as rugas, interessante mais esta imagem. 3º parágrafo, somos terra, da terra montanhas, das montanhas árvores, das árvores ninho e de seguida suicídio porque tudo isto desaparece. Parágrafo quatro... imaginar-me pendurado nas franjas das palavras e sentir o corpo a perder a forma de gente, isto é Dali. 5º... a dor de cabeça de quem é alérgico! 6º parágrafo, fechar com chave de ouro: E o silêncio volta a fechar-se sobre mim, longínquo… como um monstro que nos acorrenta à vida, numa significação atroz do eu…longe do tu, no verso de um poema que ainda não concluí Conclua, por favor! |
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MariaMorena | Publicado: 25/09/2024 18:07 Atualizado: 25/09/2024 18:07 |
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Re: Olhar Cego nº 23
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…Sou somente um corpúsculo…( Maria e muitas María, título já nos apresenta o poema, gostei da palavra corpúsculo e também sou um pedaço do funcionamento) …delineando asas febris….( Tirar só um pedaço do poema é perder vitamina, e na luta constante e que às vezes perco, criar asas, voar, é um presente para poucos e aqui se encontra) …um pássaro sem cor,...( Esse trecho me levou a imaginar um pássaro que vai mudando sua cor, diferente de um camaleão sem ser covarde, ele não fica parado mais sobrevoa com os olhos de águia) …fimbria das palavras…( faz parte do meu corpo e eu desconheço e adorei esse misturar de palavras junto com mulher, espero sempre por seus frutos) …um poema que ainda não concluí…( eu gosto do sentimento de incompleto, como tendo algo a mais, é que o vazio me adoece) |
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Benjamin Pó | Publicado: 27/09/2024 17:06 Atualizado: 27/09/2024 17:06 |
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Re: Olhar Cego nº 23
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Gostei do trocadilho entre crepúsculo e corpúsculo, entre o sublime das cores entre luz/sombra e o "bicho da terra tão pequeno", como diria Camões. O "eu" tenta alcançar o lado inefável da realidade e dá-lhe a roupagem da poesia, à procura de algo que lhe permita um sentido, uma aproximação verdadeira às sensações que o invadem. |