Poemas : 

O frio e a Dona Amélia

 
 
Lá fora o frio corre as ruas, tudo
Não poupa ninguém anda livremente
E todos o aceitam de sobretudo
É tempo dele naturalmente

A Dona Amélia já prepara a lareira
Que sabe que vai usar entretanto
Ainda não congela aqui a beira
A idade previne já tira o pó ao manto

E mesmo assim continua a sair
Logo pela manhã mesmo gelada
Um hábito que a leva a sorrir
Nunca dá parte derrotada

Não há frio que assuste esta mulher
Quase centenária e sem saber ler
Cadeira ao lume sopa quente e colher
A simplicidade de ter tudo sem o ter

Dornelas, Mini-mesa
António Botelho


Há muito que meus tons melódicos poéticos não se gesticulam em escrita ou sapiência mental, pois eis que o amor chegou e a poesia abafou...

 
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antóniobotelho
 
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Enviado por Tópico
MariaMorena
Publicado: 24/09/2024 21:25  Atualizado: 24/09/2024 21:25
Da casa!
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 Re: O frio e a Dona Amélia p/ antóniobotelho
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Um poema gostoso de ler e imaginar, tá aí uma coisa que é difícil de ser