Já vai em semanas com pesadelos
Todas as noites e então temo dormir
Envolvido sempre em flagêlos
Tudo eu faço sem o consentir
E por vezes nem sequer me lembro
Por onde andei toda a noite
Se estou em janeiro ou em setembro
Raio de sono que é tão grande açoite
De entre paz a guerra viva
De tudo já vivi na treva
Mas raras são as vezes que há diva
E se tal é sempre maçã de Eva
A minha mente não deixa o bem acontecer
Como se do mal se alimentasse
E faz de tudo para sobreviver
Mas quem me dera que eu o matasse
Dornelas, Mini-Mesa
A arte é um mundo à parte