Poemas : 

Mas afinal...

 
Tapava os ouvidos, porque ainda que não quisesse escutar,
O vento rodopiava nos tímpanos,
O apito do trem não cessava,
E o medo invadia...trazendo a possibilidade de uma loucura próxima.

Mas afinal, tens medo do que?
A brevidade é um doce macio,
E a vida, como o estalar de um dedo.

Não segures o vento,
Ele escapa por toda fresta que encontra.
Não retenhas as águas,
Elas fluem sarcasticamente e te enganam,
Mal surge a próxima curva do rio.


Retire as mãos dos ouvidos,
Esqueças o português bem construído,
Jogue fora os diplomas e as diplomacias.

Porque, afinal, teu medo nada significa,
A não ser a tua própria debilidade,
Que insiste em roubar a tua pouca sanidade...

 
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umadesconhecida
 
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