Poemas : 

Obscuro como o tempo...

 
Na antiga paleta sempre haviam - e pensou que haveriam – paletas faiscantes,
Tons azulados e uma brancura inimaginável.
O tempo – irremediável e odiado por tantos,
Obscurece a vida;
Enegrece todas as hipóteses.
E o respirar das canções perde-se na volatilidade.
De tudo que outrora tenha sido falado,
O verbo – por mais encantador que ainda tente ser – não se conjuga mais...
Seja em qualquer pessoa,
Seja até mesmo no singular ou no plural....
A voz não emite sons,
Apenas alguns grunhidos,
Como um simples gesto ou um pedido de socorro...

 
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umadesconhecida
 
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