Ouça o grito da terra, aflita,
Que em silêncio pede proteção,
Seu verde se apaga, a vida se agita,
Sufocada pelo peso da destruição.
Os rios antes tão puros, brilhantes,
Agora carregam o lamento das águas,
Onde a vida fluía livre e constante,
Hoje luta em correntes muito fracas.
O céu que já foi azul infinito,
Carrega nuvens pesadas de dor,
Como lágrimas que o vento recita,
Chorando por todo o seu esplendor.
A floresta que canta em sussurros calados,
Tem suas árvores caindo ao chão,
Cada tronco é um sonho arrancado,
Um adeus ao nosso único pulmão.
Mas ainda há esperança, um novo amanhecer,
Se juntos cuidarmos do que é sagrado,
O futuro pode renascer,
Em um planeta mais forte e renovado.
Que nossa preocupação vire ação,
Que nossas mãos sejam sementes do bem,
E que a Terra, nossa casa em comum,
Resplandeça em paz mais uma vez, amém!
Poema: Odair José, Poeta Cacerense