O dia nascera diferente.
Sentia um roçar espinhento.
Examinou sua pele.
Nada.
Apenas ossos e secura.
Café pronto.
Ralo.
Tomou de um gole.
A cozinha, iluminada pelo sol, estava triste.
Vazia.
Porta permanecera aberta.
Fechar? Não precisava.
Para quê? Pensava Dulcineia.
Acenou para Veredas, o jumento.
Parecia sorrir.
Em instantes, carregaria suas parcas verduras.
Com a venda, voltaria a mastigar.
Assim entenderia o porquê do amanhecer diferente de um dia igual.
Alexandre Sansone
19.09.2024