Poemas : 

O Olhar Negro Seguido de um Epitáfio (28ª Poesia de um Canalha)

 
Morreu! Segurou nas mãos a sua alma perdida
Com asas descansadas no corpo frio e já inerte
Negro olhar na absolvição desse mortal pecado
Morria! A ler velhos anos da sua luxuriante vida
Letras que ali espalhadas eram dívidas à morte
Onde desmoronavam qual lágrimas de um fado

Morrerá! Preso ao grito silencioso de seu irmão
A ecoar nos trechos deixados ao acaso no chão
Pintado das cores dessa negra e branca solidão
Feneceu! Num sorriso forrado de alegria ou não
Que queria nascer e seguir imortal nesta prisão
Num mundo à parte ou noutro mundo de ilusão

Por aqui jaz um poema escrito tão calado e cego
Que enterrado se fez esquecido e por tal chorou
Tamanha ignorância a de quem o leu e escreveu
Que infeliz fez dele uma cruz e dessa seu prego
Tamanha alegria de quem por silêncios o matou
Que num só dia quis ser o poeta que só morreu


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
Autor
Alemtagus
Autor
 
Texto
Data
Leituras
47
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
6 pontos
2
2
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
MariaMorena
Publicado: 07/09/2024 11:18  Atualizado: 07/09/2024 11:19
Super Participativo
Usuário desde: 07/06/2024
Localidade:
Mensagens: 139
 Re: O Olhar Negro Seguido de um Epitáfio (28ª Poesia de u...
.

...Quando os faróis perdem a luz, matam os barcos...

Leia mais: https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=374257 © Luso-Poemas

Adorei esse trecho do seu comentário em outro poema, peço ao Deus que creio para ler esse tipo de palavras e estou aproveitando seus poemas que ao meu entender são os melhores, não só amargo, mas também doce.
Também gosto de ler comentários, são diretos e divertidos, apenas respeito aqueles que não desejam. Abraços.