Na mó de baixo

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Olá, Rogério.

Nós tendemos a pensar apenas sobre aquilo que vemos. O que não vemos, por vezes, nem existe. Alguém se lembra que num moinho estará a mó de baixo e que, na falta dela, não se faz o pão? Dificilmente.
O teu poema pode ser lido assim: pela falta que faz aquilo que está escondido, mas também pelo dito popular "na mó de baixo" que significa estar num ou mais níveis abaixo do que se gostaria de estar na escala da alegria ou da hierarquia da vida.
"Estar na mó de baixo" é estar mal. Logo, a mó de baixo do moinho, sabendo que ninguém dará por ela, alguma vez poderá estar bem?

Parabéns

Ab
Beatrix