As palmeiras imperiais da Av. Antônio Carlos
Com suas altas folhas ao vento
Ao céu crescem imperceptivelmente
Fora o vento, seu único movimento
Por um momento, por excesso ou acidente
O trânsito, de veloz passa lentamente
As palmeiras, de invisíveis ficam imponentes
Tão altivas, de sua altura olham o lamento.
Nós, tão rápido por aqui passamos
Não viveremos tanto quanto elas
Sem pressa como estão, e nós intensamente.
Cada vez mais rápido, e transitoriamente.
Pelo tempo ou por máquinas atropelados
Palmeiras, pedestres e motoristas
Fazemos parte deste trânsito
Como um imperativo a vista que ignoramos
Souza Cruz