Poema Rebelde
Nenhuma palavra basta,
nem fato que seja primoroso,
nesta tua boca acidulamente casta,
o belo, no caso, tem algo de miraculoso.
E não há cura para esta dor,
que deriva deste amor que enraíza
nas profundezas do meu corpo e enfatiza
estes lábios vermelhos, uma flor
que me enlouquece por inteiro.
Que sentir é este que me afasta?
Rosas vermelhas que nem tocar ouso,
e não ouso porque esta paixão madrasta
bota-me de quatro, como um cão medroso.
Vou sair desta sina, seja como for,
pois na vida é melhor curtir a brisa,
olhando a lua na proa do meu veleiro,
na penumbra, e depois comer uma bela pizza.
Com os olhos vermelhos, meu amor,
apago a guimba no meio do cinzeiro.
Alexandre Montalvan
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