Manhã desperta ao som da aurora
Eu a margem, tantos dias e horas
(In)consciente estado, insone e triste
Relembro bem, (in)feliz memória
Um olhar que brilha tal qual o sol
E dissolve suave feito arco-íris
Um “olhar que ri”, sempre mil encantos
Sem igual a outros, já esmaecidos
Menores e tão vãos, hoje esquecidos
Perto à mulher, que eu desejo tanto
Cujos olhos riem completa festa
E a ausência ao qual saudade resta
Suporto dor sem tragédia ou glória
Presente um passado sem história
Vida que imperfeita tece estranha
Enganos, impasses que ninguém ganha
Caminho preso em livre experiência
Nesta fria ilusão, minha existência
Souza Cruz