Ao derrubar as portas de um mundo
Um outro aparece
E a vista já não humedece
Procura um novo fundo
Quando a rotina
Se transforma em prisão
Quando a retina
Já não transmite ao coração
É necessário morfina
Ou então uma revolução
Para ludibriar tal sina
A de um animal de estimação
Que ficou acorrentado numa qualquer esquina
Que vive somente pela respiração
Porque o sonho é visto como uma mina
E ele tem medo da explosão
Esconde-se por detrás daquela cortina
De viver o mesmo até à exaustão!!!
Não sou nada
Nem ninguém
Mas tento ser
Humildemente eu!!!