Neste caminho onde os pés ardem e nos damos conta da nossa individualidade, em ser um, querer pertencer sem precisar quase parece artístico. Como aqueles quadros de fundo, que só se vê quando se senta.
Ou seja, o valor se apresenta ou cresce na observação. Contemplar o sentimento faz elevar meu desejo de pertencer.
Não inclinada a evadir, me vejo absorta de você, envolvida como um presente, mas sem amarras. Posso saltar a qualquer tempo, e me parece que a qualquer dos lados, você, você e você.
As vezes salto, você salta, a nossa individualidade grita, mas temos nas costas e no topo de nós uma proteção. Proteção que se abre e nos conduz de mansinho, genuinamente para nossos postos…. Pairando, pairando até se acomodar.
Eu, embora livre para capturar sons, não me considero flexível para todos, as vezes lasco feito graveto velho, mas nos teus sons, sinto-me ninada, invólucro lustroso de amor.
Nas mãos certas eu derreto,
Instintivamente sua.