Às vezes me sinto deste jeito
Esperando o amanhã chegar
Num bom dia aos rarefeitos
Sonhos que não saem do lugar
Então enquanto isso fico no balcão deste bar
Pode ser que eu tenha me cansado de lutar
Não sei ao certo mas acho que já te vi por aí
Era no seu sonho onde queria estar não aqui
Perdoe-me pela liberdade que o Bourbon afiança
No sonho que não é meu te vejo numa cena de cinema
Correndo na minha direção e se não falha a lembrança
Num vestido Rosé que define seu corpo como um poema
Assim como a noite e os encantos os sonhos insistem em terminar
E você com um olhar capcioso deixou-me sozinho no balcão
Disfarçando esquecer sua luva longa bem à frente de minha visão
Guardei-a no impossível quando teu nome era Ingrid e o meu Bogart
Deus abençoe os cantos escuros da noite
Carlos Correa