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SONETO À PIMENTA

 
 
No ardor da pimenta há uma brasa incessante
Uma vida que pulsa em rubor reluzente
Nos lábios que provam o seu gosto escaldante
desperta o desejo, em calor envolvente.

Na horta ardente, surge pungente, altiva
Vermelho vibrante! Fogo em cada grão
O paladar desafia, minh'alma cativa
Qual sol faiscante queima sem perdão.

Oh, pimenta! Tu és a especiaria mais audaz
Puro fervor nas papilas, pupilas abertas
Faz o coração pulsar em descompasso.

No brilhante instante, jamais é fugaz
O suor na testa, o abanar da boca, incerta
Oh, vida saborosa! Eu queimo em seus braços.


Souza Cruz

 
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