A existência humana é um fio tênue,
Tecida em mistério e incerteza,
Entre o nascer e o findar do tempo,
Uma busca incessante por sentido.
Caminhamos por estradas sinuosas,
Com esperanças e medos entrelaçados,
Procurando na vastidão do universo
A razão para sermos, para estarmos.
Nos espelhos do mundo nos vemos,
Rostos marcados por dores e sonhos,
Carregando nos ombros as escolhas
Que moldam o nosso destino incerto.
Há dias de sol e noites de sombra,
Em que o coração se perde no silêncio,
E na vastidão do pensamento,
Perguntas se erguem como montanhas.
Quem somos, de onde viemos,
Para onde vamos ao fim do caminho?
Respostas dançam como fantasmas,
Esquivas, na penumbra do existir.
Mas há beleza na dúvida,
Na jornada que nunca se finda,
Pois na busca reside o encanto,
E na incerteza, a essência da vida.
Cada passo, uma chance de criar,
De amar, de aprender, de transformar,
E ao fim, talvez o segredo seja
Viver, simplesmente, o agora.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense