O tempo passa
E eu galgo suas escadas
Rumo ao infinito
Que sei nunca chegará
Assim são meus dias
Solitário, tal qual um grão de areia
Jogado pelas ondas do mar
Vou de um lado ao outro
Atirado por forças
Que não sei dominar
E que me lançam rumo ao desconhecido
Contra anônimos na multidão
Abro meus braços e tal qual a chuva que cai
Nada, ninguém me abraça,
Palavras são apenas palavras
Iguais à chuva – apenas molham meu corpo...
Mário Feijó
Artista plástico e Poeta
Brasil