Poemas -> Desilusão : 

SONETO DE DESPEDIDA - II

 
 
Matou o amor em si, profundamente.
E não restando sequer uma semente
crescendo ao sol e lua, inclemente,
morreu igual seu corpo: lentamente.

Tempo passou, porém sem esperança.
Sem haver som, ou mesmo uma dança
Sem haver par. Descompasso a parte:
Desarranjo. Nenhum conjunto ou arte.

Em ritmo astronômico, mais solstícios
Fragmentos de virtude em cada vício
O fim segue tal como se fosse o início.

Vivemos os anos, nem uma centena.
O amor luta, resiste às duras penas,
só havendo o amor, sem cantilenas


Souza Cruz

 
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