Poemas : 

Os Venenos de Shakespeare (24ª Poesia de um Canalha)

 
Ser ou não ser rei, amante ou apenas mercador
Poeta que num beijo dá palavras a outros lábios
E apunhalou com falsa cicuta o amor verdadeiro
Querer ou não querer saborear essa imortal dor
De viver página após página nestes livros sábios
O último parágrafo escrito pela honra do ceifeiro

Tu qu'em alvos papiros corres tanto meio mundo
Foste olhos de princesas com mãos saltimbancas
Desejo sensual que roubou sorrisos da régia face
Nuas lágrimas plebeias de um fidalgo vagabundo
Feitas mar salgado engalanado de ondas brancas
Onde ali dançam à espera que o vento as abrace

A sedutora beleza cleopatra d'igual fogo romano
Estendida de mar a mar ali amada de céu a céu
Purpúreo rio corrido nas veias do Hamlet danês
Tingido de furioso mel que aguça o ódio humano
Olhares de vis Regan e Goneril negros qual breu
Onde caiu ingénua Cordélia qual tragédia de Inês


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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