Entra de mansinho
Escorre pela garganta
Arde nas entranhas
É líquido letal
Quando vê, já era
Não há volta a dar
O estrago está feito
É poison, é veneno
O antídoto não chega a tempo
Já corroeu até a alma
Se fosse amor...era mel
Paixão tem travo de fel
Uma pequena gota de cicuta
É como a fragrância da culpa
Se a dor for forte e persistente
Talvez a cura seja cianeto
Ou afogar as mágoas num boteco
Para abafar um sentimento
Reprimido há tanto tempo
Amor não se gere com a razão.
Fernanda Esteves