Ou se estende
ou se deixa cair.
O poema vertical escorre por suas veias as palavras fundidas.
O poema horizontal
ora se estreita nas margens líquidas das ribas
ora se espraia em amplidão.
Não ascende porque os deuses determinaram nos picos
os lugares das nascentes.
Mais para cima encontra-se o Deus de Pseudo Dionísio.
Ou de Fedron.
Um solitário escreve palavras
ignorante de seivas.
Vive da terra difícil e das dores de parto.
São versos paridos.
Rasos e altivos.