Em noites de lua cheia e solidão,
Meu coração bate descompassado,
Uma paixão insana, sem razão,
Um desejo louco, incontrolado.
Teu olhar, um enigma abrasador,
Queima minha alma em brasa,
Perco-me em teu sorriso encantador,
Nessa loucura que não se apaga.
Amor insano, ardente e cruel,
Que me consome, me enlouquece, me devora,
Em teus braços encontro o céu,
E no mesmo instante, a hora de ir embora.
Meu juízo perde-se em teu encanto,
Em teus lábios, o veneno doce,
És meu prazer, meu pranto,
Meu caos, minha dose mais agridoce.
E mesmo sabendo do perigo,
Entrego-me sem mesmo hesitar,
Pois neste amor louco, ambíguo,
Encontro o que é viver e amar.
Se for sonho, não quero acordar,
Se for dor, a desejo sentir,
Pois neste amor insano, sem par,
Encontro minha razão de existir.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense