O tempo é inquietação
Sonhos tive noite e dia
Nenhum ao alcance da mão
P'ra quê o sonho servia?
Volto costas, vou deixando
Remo já contra a corrente
Na viagem, vou remando
Levo raiva sigo impotente.
Fica a Vida cor de cinza
Remei milhas deixei atrás
Estou cansada embora finja
Que a mim, já tanto me faz
Não sei para onde vou
Nem para onde quero ir
Já meu barco se soltou
Sem razão para partir.
Aumento o ritmo da remada
- Sou p'la Vida coagida!
Pela corrente sou levada
- Nesta tarde já caída.
Quero muito, muito pouco
Já nem do tempo dou conta
- Ando neste Mundo louco.
Já levo a Vida a uma ponta.
natalia nuno
hoje li algumas quadras criadas faz tempo e resolvi partilhar convosco.
Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Johann Wolfgang Von Goethe