De tudo que eu vivi bem nesta vida
O passado é lembrança da acolhida
E o futuro, esse aguarda a vinda
E o presente vê sinal de despedida
Segue o coração, dor cega, abatida
Relembro a transparência atrevida
Bem a frente uma garrafa de bebida
Vinho nobre, confissão curta, ferida
Se em ti sinto alegria e me condeno
Sou estranho agora, é o que enceno
Ao partirmos, porém, nenhum aceno
Então ouço um silêncio que é incerto
Distante, e a sentirei aqui bem perto
Findo esse amor sequer serei liberto.