Nada serve a memória.
A cada dia, a cada hora,
a saudade me destrói,
a saudade me devora,
a saudade me apavora.
A saudade é Senhora.
A solidão não minora.
O agora é silêncio.
Ausência sobrou, ficou,
quando tu fostes embora
Solidão virou companhia.
Memória de sua alegria.
Que em tudo de bom a vejo,
e tão quente está o desejo
que essa paixão não esfria
A cada instante, pressente?
na noite de lua a agonia?
Distante a luz tão presente.
O vento frio sopra na rua
e invade minha vida vazia.