[Espaços vazios]
O que resta ao contorno de um olhar
Procurando rachaduras na lua?
Buracos negros se alimentam de estrelas,
Como o tempo que consome horas vazias
Roubando dos sorrisos a alegria.
Alguém lembra daqueles poemas
Outrora tão tristes
Mudando as formas nas lutas diárias
Recompondo palavras, metamorfoses de faces hilárias.
E quem se lembrará agora desse cair vazio?
Corpo perdido lutando contra o ar
Processo estranho de se aprender a amar
Desafiando mentes paradas a voar.
Almas perdidas se fundem
Nas brechas de espaços vazios
Por mais que você caia
Nunca será o suficiente.
Espaços vazios milhares de sorrisos e lágrimas
Nunca serão o suficiente para te saciar
Erros aparam as arestas para mudanças
E por mais que você mude,
Você sempre será você mesmo
Não menospreze o contorno reto dessa herança.